Oi pessoal, segue alguns trechos retirados do livro Peopleware / Tom Demarco referentes a “estimativas”.
Em 1954, o autor britânico C.Northcote Parkinson introduziu a noção de que o trabalho se expande para preencher o tempo que lhe foi alocado, noção essa que hoje é conhecida como Lei de Parkinson.
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A Lei de Parkinson lhes dá a convicção mais forte possível de que o único modo de ter o trabalho feito é estabelecer uma data de entrega incrivelmente otimista.
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Parkinson era um humorista. Sua “lei” não pegou porque era verdadeira. Ela pegou porque era engraçada.
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Em um ambiente de trabalho saudável, as razões pelas quais algumas pessoas não têm um bom desempenho são a falta de competência, a falta de confiança e a falta de afinidades com os outros no projeto e nos objetivos do projeto.
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O ponto aqui não é o que funciona, mas sim o que não funciona: tratar as pessoas como parkinsonianas não resolve. Isto só vai degradá-las e desmotivá-las.
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O analista de sistemas geralmente é um estimador melhor do que o programador ou o supervisor. Ele ou ela tipicamente conhecem o trabalho com mais detalhes, mas não são influenciados pelo otimismo natural da pessoa que vai realmente executar a tarefa, ou pelas tendências políticas e orçamentárias do chefe. Além disso, os analistas de sistemas geralmente têm mais experiência em estimativas; eles são capazes de projetar com maior acuidade o esforço porque já passaram por isso no passado e portanto aprenderam suas lições.
Capers Jones, conhecido por seus estudos de medidas de projetos de desenvolvimento, coloca isso da seguinte forma: “Quando um cronograma de um projeto é completamente irracional e não realista, e nenhuma quantidade de horas extras pode permitir que ele seja feito, a equipe de projeto torna-se irritada e frustrada... e o moral cai até o limite mínimo”. Também não tem a menor importância se o cronograma “totalmente irracional e não realista” vem do chefe ou dos próprios construtores. As pessoas não trabalham muito eficientes quando estão bloqueadas em uma situação perdedora.
A decisão de aplicar pressão com um cronograma a um projeto deve ser tomada da mesma forma que você decide se pune ou não o seu filho: se o seu senso de tempo é impecável de modo que a justificativa seja facilmente reconhecida, então ele pode ajudar. Se você faz isso todo o tempo, então é apenas um sinal de que há algo de errado com você.
Abraços a todos,
Abu
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